quarta-feira, 13 de julho de 2011

Corrego do Sangradouro




Cáceres se destaca no turismo histórico e esportivo. É conhecida no país e até
mundialmente pelo Festival Internacional de Pesca, resgistrado no Guinness como o
maior campeonato de pesca do mundo em águas fluviais. Mas a pecuária é a principal
atividade econômica, a região possui um dos maiores rebanhos de gado bovino do Brasil.
Direcionamos nosso olhar ao Córrego Sangradouro, e fazemos um
questionamento: é assim ou está assim? Seguindo o percurso d’água no sentido de seu
afluente é possivel verificar como ocorre uma mudança visual, causada até mesmo pelo
processo de urbanização desse entorno, pois parte desse córrego foi canalizado e
transformado em canal coberto por cimento, sendo literalmente transformado em uma
tumba, onde esse mesmo córrego corre por dentro, morto, sem nenhuma conexão com a
terra, micororganismos do solo, plantas e animais, e nessa tumba, para aproveitar o
investimento, foi introduzido um sistema de esgoto, o qual recebe todos os dejetos da Enchente que aconteceu na semana do carnaval alagou mais de 20 bairros da cidade, não ocorreu pelo aumento de nível do Rio Paraguai e sim pela obra de canalização do Córrego Sangradouro, que não teria sido feita de forma adequada.
população. do seu entorno. Através do crescimento das cidades os córregos são locais
de depósitos de lixo, esgoto doméstico e industrial e às vezes entulhos pela população.
essa parte canalizada hoje serve
de via de ciclista e pista de caminhadas, fazendo uma observação rápida pelo seu
entorno é possível ver como foi modificado, em função dessa canalização, pois foram
replantadas algumas árvores, embora espaçadamente quase não trazendo muita sombra
aos que transitam por ali, foi construído um pequeno parque infantil e deixado uma área
para outros eventos culturais. Assim, termina o percurso do Córrego Sangradouro,
chegando ao rio Paraguai onde ele despeja suas águas misturadas com uma boa
quantidade de dejetos poluidores. Mesmo assim, neste local é comum observar pessoas pescando, brincando nessas águas, sem sequer se preocupar com os riscos de contaminação. Muitas delas moram as margens do córrego e contribuem com a poluição e contaminação.
A educação ambiental, como ação que se propõe à busca de reflexões e
mudanças das formas de interação do ser humano com o mundo, deve se enriquecer, cada vez mais, de vias alternativas onde seja contemplada a complexidade do fenômeno perceptivo .
Neste sentido, trataremos aqui, da relação com o Córrego Sangradouro entre
educação ambiental e a qualidade de vida como uma construção social. Assim como aulas, analisando o caminho do Sangradouro, de forma poética abordou: “Vi apenas a tumba de um rio assassinado sobre o qual eu, como
as crianças e os velhos, caminhávamos, profanando a sagrada memória da existência”.
Para se resolver os problemas relacionados ao córrego em questão, além da
necessidade de estudos e publicações sobre casos específicos, são fundamentais a
elaboração de planos para a proteção e recuperação do Córrego Sangradouro.
(LEFF, 2001) sustenta que os primeiros passos para a definição de um processo
educativo são reconhecer as múltiplas realidades da paisagem-nicho das comunidades e investigar sua percepção ambiental e dos impactos das atividades locais. Os resultados
podem apoiar a discussão e compreensão das representações e relações sócioambientais e subsidiar o planejamento de projetos de manejo integrado das micro-bacias.
Consideramos que a aliança entre o Saneamento Ambiental e a Educação
Ambiental é fundamental como estratégia nas atuais abordagens/desenvolvimentos das questões de saúde pública e ambiente, sem a qual os programas/projetos não alcançam sucesso e não se sustentam.
Os resultados obtidos nessas ações demonstram que a produção das cidades e
vida urbana tem gerado gradativamente maior quantidade e tipos de resíduos, mudanças em sua composição e dificuldades de tratamento e disposição. O poder público ainda não está adequadamente preparado para gerenciá-los de forma competente e adequada, destacando-se os problemas de resíduos sólidos dispostos pelas ruas da cidade, contaminando solos e águas, servindo de abrigo e local de disseminação de micro e macrovetores de doenças que afetam a população urbana.

Dolina


A Dolina Água Milagrosa, localizada na fazenda particular Água Milagrosa, a 23 km do município de Cáceres, na estrada estadual MT-343, situada entre as Serras do Bebedouro e do Morro Grande, possui 1.550 m de trilha e uma escadaria de 154 degraus.
A dolina formada pelo desabamento do teto de uma caverna, possui uma cavidade rochosa com aproximadamente 280 m, sendo 180 m com água. Nas secas as águas possuem coloração azul, e nas cheias possuem coloração esverdeadas.
A lagoa de água azul possui uma superfície com cerca de 120 m de largura e 90 m de comprimento. A cerca de 30 m de profundidade está à boca de uma caverna que segue na vertical. Mergulhadores já alcançaram 183 m sem avistar o fundo da dolina.
A fazenda onde abriga a Lagoa da Água Milagrosa tem restaurante, uma pequena pousada e um espaço para cavalgada.
Há relatos de que a lagoa recebeu o nome de Água Milagrosa nos tempos da escravidão, quando a fazenda chamava-se Quilombo. Na época, os escravos lavavam seus corpos depois dos castigos físicos, acreditando que suas águas tinham poder de cura (cicatrizante).

Depressão Cuiabana


No trecho Cuiabá-Cáceres pela BR-070, observamos primeiramente a Depressão Cuiabana com amplas colinas assentadas. Segundo ROSS (2005), a depressão cuiabana encontra-se entre as Serras Residuais do Alto Paraguai e a borda da Bacia do Paraná.



A depressão é uma forma de relevo mais plana que o planalto e sem irregularidades, que tem leve inclinação e altitude que pode ir de 100 a 500 metros. Elas, as depressões, podem ser formadas tanto de rochas cristalinas quanto de rochas sedimentares. Podem também ser encontradas baixas colinas. Um exemplo geral de depressão são crateras.
Depressões são formas de relevo que apresentam altitudes mais baixas do que as áreas ao redor. Geralmente apresentam superfícies planas, por conta do desgaste sofrido por causa da ação do vento e da água(intemperismo).
Existem dois tipos de depressão :
As depressões brasileiras, excetuada a amazônica ocidental, caracterizam-se por terem sido originadas por processos erosivos. Essas depressões se caracterizam ainda por possuir estruturas bastante diferenciadas, conseqüência das várias fases erosivas dos períodos geológicos.
Podemos enumerar as várias depressões do território brasileiro:
a) depressão amazônica ocidental
b) depressões marginais amazônicas
c) depressão marginal norte-amazônica
d) depressão marginal sul-amazônica
e) depressão do Araguaia
f) depressão cuiabana
g) as depressões do Alto Paraguai e Guaporé
h) depressão do Miranda
i) depressão do Tocantins
j) depressão sertaneja do São Francisco
l) depressão da borda leste da bacia do Paraná
m) depressão periférica central ou sul-rio-grandense

Em seguida, a Província Serrana (Serras Residuais do Alto Paraguai) constituída por várias serras (Bocaína, Mangaval, entre outras) geradas pelos dobramentos antigos. As rochas dessa região são sedimentares ou com baixo metamorfismo, destacando-se os filitos, arenitos, quartzitos e calcários. Também nessa região pode-se observar a existência de empresas exploradoras de calcário.
A Província Serrana, situada na porção nordeste, é recoberta por vegetação de Cerrado, nas serras e pastagens que ocupam os seus vales. Entre essas unidades geomorfológicas ocorre no município a Depressão do rio Paraguai, onde está assentado o núcleo urbano e por onde corre o rio Paraguai, que tem como afluentes, no âmbito do município, os rios Sepotuba, Cabaçal, Padre Inácio e Jauru, que juntos alimentam o Pantanal mato-grossense.
A Planície e Pantanal do rio Paraguai ou mato-grossense possui altitude entre 80 a 150 m. De acordo com ROSS (2005), corresponde a uma significativa área de deposição de sedimentos aluviais recentes (Período Terciário e Quartenário).
O município de Cáceres, esta situado na região sudoeste do estado de Mato Grosso, a 215 km da capital Cuiabá, via BR 070.

 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Viagem a Cáceres

Nossa aula de campo a Cáceres foi do dia 16 a 18 de Junho

Onde estudados a geomorfologia da regiao.
O município está situado na Província Serrana (Cinturão Paraguai-Araguaia). Onde são encontradas muitas cristas paralelas, de forma côncava e convexa, gerados por dobramentos antigos. Nos agrupamentos de rochas, destacam-se o Arenito e o Calcário, mas também são encontrados o Quartzo e o Filito.

A título de relevo nacional, a cidade está localizada nas Serras Residuais do Alto Paraguai, que é dividido em duas estruturas:
·         Província Serrana – MT
·         Serra da Bodoquena - MS

Conceituando a Província Serrana, são planaltos em cinturão orogênico, representados por um conjunto de serras paralelas, com depressões interplanálticas (depressão entre os planaltos), constituídas por diversas serras. Com altitudes de 300 a 800m.

A segunda classificação do relevo brasileiro foi reelaborada na década de 1950, pelo professor Aziz Ab’Saber, onde o mesmo se baseou e deu continuidade nos trabalhos realizados de Aroldo. Ab’Saber dividiu o território brasileiro em 10 unidades de relevo, sendo 7 planaltos e  planícies.

Planícies:
·         Terras baixas amazônicas
·         Terras baixas costeiras
·         Planície do Pantanal
Planaltos:
·         Guianas (extremo norte do Brasil)
·         Central
·         Meridional
·         Uruguaio Sul-Rio-grandense (coxilias: leves colinas do Rio grande do Sul e Uruguaio Sul Rio-grandense: nova forma de planalto).
·         Serras e Planaltos do Leste e Sudeste (região de mares e morros
·         Planalto Nordestino (contraste econômico e físico)
·         Planalto Maranhão-Piauí

A terceira classificação do relevo e a mais atual foram apresentadas pelo professor Jurandyr Ross na década de 90, que se fundamentou através do Projeto Radam, que teve seu início na Amazônia, em um levantamento realizado com sistemas de radares capazes de obter imagens detalhadas do relevo brasileiro, ou seja, com mapeamento e sensoriamento remoto.

A técnica utilizada foi a Aerofotogrametria, sendo um sucesso na Amazônia, passando assim a se chamar Radambrasil. Ross fragmentou o território brasileiro em 28 unidades de relevo, com 11 planaltos, 11 depressões e 06 planícies.

Nesta classificação, ao lado dos Planaltos e Planícies, aparece a Depressão. A Depressão é uma área ou porção do relevo situada abaixo do nível do mar ou das regiões que lhe estão próximas. Segundo Ross, o número de Planaltos empata com as Depressões, nestas unidades de relevo.